sexta-feira, 15 de julho de 2016

Por Roberto Sandoval , rlavodnas@hotmail.com 

Histórico da Ilha Terceira

A ilha começou a ser povoada a partir da sua doação, por carta do Infante D. Henrique, datada de 21 de Março de 1450, ao flamengo Jácome de Bruges:

"Eu, o Infante D. Henrique (...) faço saber que Jácome de Bruges, natural da Flandres, me disse que (...) estando a ilha Terceira, nos Açores, erma e inabitada, me pedia que lhe desse autorização para a povoar, como senhor das ilhas. E eu, (...) querendo lhe fazer graça e mercê, me apraz conceder-lha. E tenho por bem que ele a povoe da gente que lhe aprouver, desde que seja de fé católica."[4]
Bruges trouxe as suas gentes, muitas famílias portuguesas e algumas espécies de animais, tendo o seu desembarque ocorrido, segundo alguns estudiosos, no Porto Judeu, e, segundo outros, no chamado Pesqueiro dos Meninos, próximo à Ribeira Seca. Gaspar Frutuoso refere, a seu turno:

"(...) Afirmam os povoadores antigos da Ilha Terceira que fora primeiro descoberta pela banda do norte, onde chamam as Quatro Ribeiras, em que agora está a freguesia de Santa Beatriz, que foi a primeira igreja que houve na ilha, mas não curaram os moradores de viver ali por ser a terra muito fragosa e de ruim porto. (...)." (FRUTUOSO, Gaspar. Saudades da Terra (Livro VI). cap. I, p. 8-9)
A primeira povoação terá sido no lugar de Portalegre[5] , erguendo-se um pequeno templo, o primeiro da ilha, sob a invocação de Santa Ana.

Tomadas as primeiras providências para a fixação das gentes, Brugues retornou ao reino a pedir mais pessoas para auxiliá-lo no povoamento. Nessa viagem, terá passado pela ilha da Madeira, de onde trouxe Diogo de Teive, a quem foi atribuído o cargo de seu lugar-tenente e Ouvidor-geral da ilha Terceira. Além destes titulares, vieram para a ilha alguns frades franciscanos para o culto religioso, visto que as ilhas pertenciam à Ordem de Cristo.

Poucos anos mais tarde, Jácome de Brugues fixou a sua residência no sítio da Praia, lançando os fundamentos da sua igreja matriz - a Igreja de Santa Cruz - em 1456, de onde passou a administrar a capitania da ilha até à data do seu desaparecimento (1474), em circunstâncias não esclarecidas, acredita-se que durante uma viagem entre a ilha e o continente.

Entre os primeiros povoadores cita-se ainda o nome de outro flamengo, Fernão Dulmo, que recebeu terras nas Quatro Ribeiras, entre o Biscoito Bravo e a ribeira da Agualva, lugar onde, segundo o historiador Francisco Ferreira Drummond "...ali desembarcou com trinta pessoas, cultivou a terra e deu princípio à igreja".

Em 1460, após a entrega da capitania da Terceira a Jácome de Bruges, o Infante D. Henrique doou a ilha e a Graciosa ao Infante D. Fernando, seu sobrinho e filho adotivo. Falecido este último (1470), assumiu a donataria, durante a menoridade do Infante D. Diogo, a Infanta D. Beatriz, sua mãe. Mediante o desaparecimento de Brugues, ela dividirá a ilha em duas capitanias, em 1474:

a capitania de Angra - entregue a João Vaz Corte Real; e
a capitania da Praia - entregue a Álvaro Martins Homem (embora este já tivesse iniciado o povoamento no lugar de Angra).
As ilhas do Faial e do Pico haviam sido doadas, cerca de 1466, a um outro flamengo, Joss van Hurtere, que iniciou o povoamento com famílias flamengas, mudando-se mais tarde para a ilha das Flores e, posteriormente, para a Terceira e para São Jorge.

Cap I - Jacinta Bernarda

Jacinta Bernarda da Conceição , nascida em 17 de agosto e batizada no dia 20 do ano de 1719 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Ilha Terceira do Arquipélago dos Açores.
Aos 14 anos de idade , casou-se no Brasil com o capitão Domingos Rodrigues Barreiros , na Capela de São Miguel do Cajuru, Minas Gerais , em 17/05/1733 , cuja família e descendentes seguem através do blog "Antonio Vieira Dourado" , através do link : http://antoniovieiradourado.blogspot.com.br/


Dos livros da Ilha Terceira , batismos 1712 - 1724 Fls , 167 / 167 verso imagem 170
(as imagens dos registros originais estão destacadas no rodapé deste blog)

"Jacinta f.a de Miguel Dias Furtado n.al [natural] da Parochial de Sta Catharina do Cabo da Praia e de sua m.er [mulher] M.a [Maria] dos Stos [Santos] n.al [natural] da Parochial de S. Matheus da Calheta desta Ilha 3a [Terceira] , fregueses desta Parochial de N. Sra. da Conceição , moradores na rua da Gorita athe S. Lazaro , nasceu em dezessete dias do mes de Agosto do anno de mil sete centos e dezanove e foi baptizada nesta ditta Parochial por mim Joseph Vieyra Cura ....... em vinte dias do ditto mes e anno e logo lhe pus os Santos oleos , foi padrinho M.el [Manoel] de fran.co da fon.ca [Francisco da Fonseca] ........ e para constar fis este termo que assignei com o ditto padrinho e mais t.as [testemunhas] dia mes e anno ut supra
Fran.co da Fon.ca
Jose Vieyra"
(sic) 
[foto do registro original no rodapé deste blog]

Cap. II - Pais

Miguel Dias Freitas (oleiro) e sua mulher Maria dos Santos , pais de Jacinta , ambos nascidos pelos anos de 1680 na Ilha Terceira na freguesia de Nossa Senhora da Conceição , ele natural de Cabo da Praia e ela natural de São Mateus da Calheta , moradores que foram na rua da Gorita [Guarita]  , onde , provavelmente , nasceu a filha Jacinta , foram casados aos 15/10/1710 na Igreja de N. Sra da Conceição de Angra da mesma Ilha Terceira. Vieram para o Brasil no final do primeiro quartel dos anos de 1700 ou em princípios do segundo.

Oleiro : Pessoa que trabalha o barro , executa, molda o barro e fabrica artigos tais como pratos, jarros, canecas, bacias, etc...

Registro do segundo casamento de Miguel Dias Freitas com Maria dos Santos

"Em os quinze dias do mes de Novembro do anno de /
sette centos e des [1710] de tarde nesta Parochial Igreja /
de Nossa Sra da Conceição desta Cid.e [cidade] de Angra ..... /
feitas as denunciaçoens nesta Igreja e nas mais /
sem se descobrir impedim.to [impedimento] como consta de  .... /
Mandado do Ill.mo Rev.do [ilustrissim reverendo] Provisor o Doutor Fran.co [Francisco] /
Berques de Lelis em presença minha , sendo tambem /
presentes Manoel Cardoso alfaiate e Thomas da Cruz pessoas /
"conselheiro" ; Se casaram por palavras de presente em facie /
Ecca {facie Eclesie] Miguel Dias "oleiro" V.vo [viúvo] de M.a [Maria] Theresa cepultada /
nesta Igreja , com Maria dos Stos [Santos] filha de M.el "Pr.a" /
e de sua m.er [mulher] Margarida Fran.ca [Francisca] já defunta todos fre /
gueses desta Igreja , naturais desta Cid.e [cidade] e logo lhes dei /
as bençoens conforme os Rittos "Matrimoniais" da Sta Madre /
Igreja de que tudo fiz este asento no mesmo dia /
que ....... verdade asignei com as dittas testemunhas  /
era ut supra.
O Cura Manoel Cardoso 
Manoel Cardoso da Fonseca
De Joam + Bautista de Thomas + ....."
(Sic)
[Registro da Igreja de Nossa Senhora da Conceição]


Registro do primeiro casamento de Miguel Dias Freitas com Teresa

"Miguel Dias e Theresa de Jesus

Aos seis dias do mes de Agosto do anno de mil e sette centos /
e sette de tarde nesta Igreja de Sta C.na [Santa Catarina] do Cabo da Praia /
feitas as denunciaçõens na forma do S.do Cons.Trid. [Sagrado Concílio Tridentino] na mesma /
igreja som.te [solenemente] , donde os contrahentes são naturais sem se des /
cobrir impedim.to [impedimento] algum por virtude de hum man.do [mandado] do Rev.do /
[Reverendo] ......... da Villa da Praya o Pe. Manoel Pr.a Pinto .......... João Vieira Borba ...... /
da dita igreja sendo presentes Antonio de Freitas Fernandes /
e Andre ...... pessoas conhecidas e testem.as [testemunhas] principais /
Se casarão solemnem.te [solenemente] in facie Eclesie Miguel Dias de /
Freitas , filho de Manoel Fernandes e de sua m.er [mulher] Marga /
rida Dias com Theresa de Jesus filha de Faustino Cardoso /
já defunto e de sua m.er Catharina Pereira todos na /
turais , moradores e fregueses desta Parochial de Sta C.na /
e çlogo lhes dei as bençãos conforme os Ritos e Cerimoniais /
da Sta Madre Igreja de tudo fiz este termo q. assignei /
com as sobreditas testem.as [testemunhas] dia mes e anno ut supra /
Vigr.o João Vieira Borba
Des. Andre + Alvares 
Ant.o de ...... Leonardo".
[Registro da Igreja de Santa Catarina do Cabo da Praia]


Cap. III - Avós

Manoel Fernandes e Margarida Dias , avós paternos de Jacinta , .... ambos nascidos pelos anos de 1660 , casaram-se aos 2/7/1687 na Igreja de Santa Catarina do Cabo da Praia.

"M.el Fern.des com Margarida Dias

Em os dous dias do mes de Julho do ano de mil e seiscentos /
e outenta e sete , por ..... m.do [mandado] do Rev.do [Reverendo] Ouvidor Miguel dOli/
ra Cardoso o Pe. Cura de a Igreja de S.ta Catarina do Cabo da /
Praia Simião Cardoso Valadão recebeo in Facie Ecclesia /
na forma do Sagrado Conc. Trid. [Concílio Tridentino] Constituição do Bispado a /
Manoel Fernandes f.o [filho] de M.el Fern.des [Manoel Fernandes] e de sua m.er M.da Vra /
[Maria Vieira] fregueses de N. Sra da Conceição de Angra com Margarida /
Dias f.a [filha] de Constantino Duarte e de sua m.er [mulher] Maria de /
Freitas fregueses do Ag.lo S. C.o dos Bricontes , visto não /
lhe sair impedim.to alguo [impedimento algum]. Testemunhas ..... Affonso /
Homem , o Pe. Antonio Vaz ..... o Capitão João de Ornel /
las e m.tas outras gn.tes [e muitas outras gentes] , de q. p.a [de que para] constar fiz este termo que /
assignei , era ut supra.
O Vigr.o João de Ornellas Camara".
(Sic)

Manoel e Margarida Francisca , avós maternos de Jacinta , aguardado melhor transcrição do apelido de Manoel.


Cap. IV - Bisavós

Manoel Fernandes e Maria Vieira , bisavós paternos de Jacinta , por parte de Manoel Fernandes , ambos nascidos pelos anos de 1620.



Constantino Duarte e Maria de Freitas , bisavós paternos de Jacinta , por parte de Margarida Dias , nascidos ambos pelos anos de 1625.

"Constantino Duarte

Em o mesmo dia assima [654] da mesma era recebi a /
............. .......... , a Constantino Duarte filho de / 
Fran.co Duarte e de sua m.er [mulher] Barbara Fran.ca  , e S. /
m.a de freitas [Maria de Freitas] , filha de João Dias , e de sua m.er [A] polonia /
Lucas , todos fregueses desta mesma freguesia /
.......... testemunhas ................................ /
................
.................
..................."
(Sic)

Cap. V - Trisavós

Estevam Rodrigues e Catarina Álvares , trisavós paternos de Jacinta , por parte de Manoel Fernandes , ambos nascidos  pelos anos de  1570.


"Estevão Roiz

Em os dezanove dias do mes de Mayo da era de milequinhentos e noventa /
e seis annos Recebeu o Revdo Pe. Giraldo dArahujo Cura em esta Fregue/
sia dos Biscoitos do Porto da Cruz a Estevão Roiz [natural] da Fregue/
sia da bem aventurada Santa Barbara das nove ribras.[Ribeiras] com Catarina /
Alvares .......nesta freguesia dos Biscoitos sendo ......... corrido /
os banhos em tres dias festivos. conforme ao Sagrado Conc. Trid. ...../
nesta igreja e não .[lhes] saiu impedimento algú e conforme por uma certidão /
q. apresentarão feita e asinada  por o Revdo Pe. ...da Costa cura em/
esta freguesia de Santa Barbara onde erão corridos os banhos aos sobreditos /
contrahentes na dita igreja em tres dias festivos conforme ao Sagrado
Conc.Trid.testemunhas ............" 
(Igreja São Pedro Biscoitos Porto da Cruz , Ilha Terceira)
(Sic)

Complementando a transcrição acima :


Estêvão Rodrigues, viúvo, freguês da Bem-Aventurada Santa Bárbara das Nove Ribeiras, com Catarina Álvares, outrossim viúva, da dita freguesia dos Biscoitos... 

Do primeiro casamento de Estevão Rodrigues :

da Freguesia de Santa Cruz , o primeiro casamento de Estevão Rodrigues :

Terceira Praia da Vitória Santa Cruz Casamentos 1585-1592

"Em os onze dias do mes de Janeiro de 86 [1586] annos recebi / a porta principal ..... Igreja de Santa Cruz / a estevão ruiz f.o [filho] de Yeronimo ruiz he de sua / molher Isabel Nunes cõ Agada Ruiz f.a [filha] de P.o [Pedro] George he de sua molher Luisa (?) Ruiz fregue / ses de Santa ............... dos / banhos cõforme ho decreto (?) do Sagrado Cõ / cilio cõfessados he comungados he não lhes saiu / impedimento , testemunhas que presentes Hadão (?) / Domingos Piz [Pires] he P.o [Pedro] Gill he Sebastião Pinto he Manoel / Ruiz he P.o Frz com que ..... e outras t.tas [testemunhas] por / verdade assignei ......"

História

O povoamento da zona oeste da ilha Terceira iniciou-se nos finais do século XV, quando as terras das vertentes da Serra de Santa Bárbara foram distribuídas em sesmaria por João Vaz Corte-Real, então capitão-do-donatário em Angra, prosseguindo a política de distribuição de terras naquela zona que havia sido iniciada por Jácome de Bruges. A maioria dos povoados a oeste de Angra apenas ficaram estruturados na década de 1510, mas a paróquia de Santa Bárbara das Nove Ribeiras já existia como entidade autónoma no ano de 1489,[2] sendo a única existente na jurisdição de Angra quando Jácome de Bruges era capitão-do-donatário na ilha.
Um dos primeiros documentos que identificam a localidade de Santa Bárbara data desta época e refere que João Vaz Corte Real, pelo ano de 1486, passou uma carta de dadas de terras a um tal Bastião, filho de João Esteves, tecelão e morador nas Nove Ribeiras. Aquele documento identifica o povoado de Santa Bárbara, ao estabelecer a delimitação das terras "dadas", e refere também os lugares de Doze Ribeiras (então parte da paróquia) e dos Biscoitos.
Os condicionalismos da topografia local, e especialmente a escassez de nascentes de água, levou a que o povoamento assumisse ali um carácter linear, ao longo do caminho que partindo de Angra se dirigia para oeste. Os povoadores fixaram-se nas margens das ribeiras, nas imediações do local onde estas eram atravessadas por aquele caminho, pois sendo a região muito pobre em nascentes, os habitantes eram obrigados a recorrer à água das ribeiras, elas também efémeras, já que durante o Verão raramente correm.
Em consequência das restrições ao abastecimento de água apontadas, o povoamento da vasta zona do sudoeste da Terceira, que vai de São Bartolomeu dos Regatos até à Serreta, no extremo oeste da ilha, ficou assim estruturada em torno das ribeiras, as quais foram numeradas de leste para oeste, isto é de Angra para a Serreta, dando origem a topónimos como Cinco Ribeiras, Nove Ribeiras ou Doze Ribeiras. O centro administrativo e religioso da região acabou por se centrar na igreja de Santa Bárbara, às Nove Ribeiras, sendo formada, em data anterior a 1489, uma imensa paróquia que ia desde a Cruz das Duas Ribeiras até ao Biscoito da Serreta.
Inicialmente denominada Santa Bárbara das Nove Ribeiras, por ter o seu núcleo principal Às Nove Ribeiras, a paróquia estendia-se por toda a costa sudoeste da ilha Terceira, desde a Cruz da Duas Ribeiras até ao Biscoito da Fajã, confinando aí com a paróquia de São Roque dos Altares. Nesta paróquia ficava a maior serrania da ilha, a qual ficou conhecida por Serra de Santa Bárbara (inicialmente era referida por Serra Gorda), nome que ainda mantém apesar de hoje se encontrar dividida pelo território de sete freguesias distintas, resultado da progressiva subdivisão das paróquias originais.
À medida que o povoamento se foi estruturando, a freguesia de Santa Bárbara foi sendo repartida em curatos e depois em paróquias autónomas, precursoras das actuais freguesias. A paróquia de Santa Bárbara, para além território da actual freguesia homónima, compreendia na sua extensão original as actuais freguesias de Nossa Senhora do Pilar das Cinco Ribeiras, de São Jorge das Doze Ribeiras e de Nossa Senhora dos Milagres da Serreta.
Ao longo dos séculos, a freguesia de Santa Bárbara alcançou uma considerável importância, assumindo-se como o principal centro urbano do oeste da Terceira. Essa importância alimentou o desejo de ver a freguesia elevada a cabeça de concelho,[3] o que nunca se chegou a concretizar, mas permitiu ser sede de um julgado autónomo, com juiz ordinário. Para além disso, foi um pólo económico importante naquela parte da Terceira, com uma população empreendedora e dinâmica.
Francisco Ferreira Drumond, escrevendo em meados do século XIX, descreve da seguinte forma a freguesia e as suas gentes:
Os habitantes de Santa Bárbara das Nove Ribeiras ocupam-se pela maior parte na cultura dos campos, que apesar de elevados e desabrigados dos ventos gerais são mui produtivos; há também grande número de oficiais de ferreiro, carpinteiros, fragueiros, cabouqueiros, canteiros e galocheiros [...]. A freguesia toda padece de muita falta de águas e de peixe, por ter somente mui pequeno porto denominado das Cinco. A costa é toda alcantilada e pouco defendida aquela parte da ilha de qualquer tentativa hostil. Gozam estes povos a fama de mui discretos e deles se costuma dizer "Um de Santa Bárbara vale por sete de Coimbra".

Manoel Lagarto e Barbara Vieira , trisavós paternos de Jacinta , por parte de Maria Vieira , ambos nascidos pelos anos de 1580.


"Em os 3 dias do mes de Abril Anno de 1606 recebi a face /
desta Igreja por marido e molher a Manoel Lagarto f.o [filho] /
de P.o [Pedro] Souza e de sua molher Grisostoma [Crisostoma] Frz [Fernandes] ja defuntos fregueses /
que forão de S. Luzia da cidade de Angra donde trouxe certidam /
como não tinha impedim.to [impedimento] algum com Barbara Vieira f.a [filha] de /
Julião Frz [Fernandes] e de sua molher Costansa Vieira fregueses do Espirito Santo /
da Villa Nova dAgualva donde trouxe certidão como não tinha algú /
impedim.to [impedimento] e por hú e outro serão fregueses desta igreja por mui /
tos annos e morão nesta Villa forão nesta igreja corridos os bannos /
e não lhes saio impedim.to algúm e sendo primeiro confessados e comungados /
q. tudo foi feito na forma do Sagrado Conc Trid. .......que presentes forão /
..... t.tas [testemunhas] Ant.o Fez Coelho e seus filhos Luis Nunes e Ant.o Frz ....Joam /
..... Martins Mendes ............. ............. /
e outras muitas por verdade assinei dia mes anno ut supra ............ Cura"
(Sic)

 Lenda da Igreja da Vila Nova

Há muitos anos atrás, a Vila Nova e a Agualva formavam uma só freguesia que tinha o nome de Vila Nova da Agualva. 
Numa certa altura, decidiram construir uma igreja num sítio que fosse mais próximo para as pessoas poderem cumprir os seus actos de culto.
Andavam a escolher o lugar, no centro da freguesia, mas não chegavam a nenhuma decisão. Uns achavam que seria bom ali, outros acolá. Quando estavam nesta preocupação, viram uma alva e mansa pomba poisar num certo lugar e ali ficar como que a chamar-lhes a atenção. Pensaram logo que aquilo era o Espírito Santo que lhes estava a dar um sinal do lugar onde devia ser construída a igreja. 
Não tiveram mais dúvidas, a escolha estava feita. Lançaram mãos à obra e construíram a igreja no sítio determinado pela pomba. 
Sobre o altar-mor fizeram uma grande pomba e o padroeiro da igreja e da freguesia passou a ser o Espírito Santo. 
A igreja da Vila Nova lá está e tem o nome de igreja do Espírito Santo.


Francisco Duarte e Bárbara Francisca , trisavós paternos de Jacinta , por parte de Constantino Duarte , ambos nascidos pelos anos de 1590. Casados aos 3/7/1616 na Igreja de São Pedro de Biscoitos.

Franc.co Duarte

Hoje tres de Julho de mil seis centos e dezasseis /
Recebi nesta Igreja do Apostolo S. Pedro nos  Biscou /
tos Porto da Cruz , a Fran.co Duarte f.o [filho] de Federico /
Duarte já defunto e de sua m.er [mulher] Barbara Cruz /
com Barbara Fran.ca , f.a [filha] de Fran.co {Francisco] Frz [Fernandes] e M.a Alves sua /
molher todos fregueses desta freguesia foram de /
nunciados na forma do Sagrado Conc. Trid  [Concilio Tridentino] e /
por mandado Rev Jose Gaspar Gomes Maldonado /
provisor geral em todo este bispado foram /
testemunhas Bathazar M.el , Rodrigo Alves /
............ P.o Luis Charnequo , D.os Frz , ......./
hora dia mes anno ut supra. Belchior da Cunha 

(Sic)


João Dias e sua mulher Apolônia Lucas , trisavós paternos de Jacinta , por parte de Maria de Freitas , ambos nascidos pelos anos de 1600.



Cap. VI - Tetravós ou Tataravós


Hieronimo Rodrigues e sua mulher Isabel Nunes , tetravós paternos de Jacinta , por parte de Estevão Rodrigues , ambos nascidos pelos anos de 1550.

Pedro de Souza e sua mulher Crisóstoma Fernandes , tetravós paternos de Jacinta , por parte de Manoel Lagarto , ambos nascidos pelos anos de 1575.

Julião Fernandes e sua mulher Constança Vieira , tetravós paternos de Jacinta , por parte de Bárbara Vieira , ambos nascidos pelos anos de 1580.

Federico Duarte e sua mulher Barbara Cruz , tetravós paternos de Jacinta , por parte de Francisco Duarte , ambos nascidos pelos anos de 1590.

Francisco Fernandes e sua mulher Maria Alves , tetravós paternos de Jacinta , por parte de Barbara Francisca , ambos nascidos pelo anos de 1600.

Cap. VII - Complemento

Este blog é um complemento  ao blog "Antonio Vieira Dourado" , em seu capítulo IV , no endereço que segue :

http://antoniovieiradourado.blogspot.com.br/



Colaboradores :

   Hiansen Vieira Franco
     Pedro França
        Sônia / Walter Belato Lelis


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